domingo, 20 de novembro de 2016

Um Fim de Semana Diferente & Pais e Filhas


Um Fim de Semana Diferente (The Confirmation, Canadá, 2016) – Nota 7
Direção – Bob Nelson
Elenco – Clive Owen, Jaeden Lieberher, Maria Bello, Robertr Forster, Tim Blake Nelson, Matthew Modine, Patton Oswalt, Stephen Tobolowsky, Spencer Drever, Michael Eklund, Ryan Robbins.

Em uma pequena cidade, Walt (Clive Owen) é um pai divorciado que passa por uma crise financeira e luta para não voltar a beber. Durante um final de semana, Walt se torna o responsável por cuidar do filho Anthony (Jaeden Lieberher), enquanto sua ex-esposa (Maria Bello) viajará com o novo marido. O roubo de uma caixa de ferramentas é o estopim para pai e filho iniciarem uma espécie de investigação que fortalecerá a relação entre eles.

O roteiro explora com simpatia o clichê do pai irresponsável que tenta se regenerar, mesmo arrastando o filho para um fim de semana com algumas confusões. O que transforma o longa em algo interessante são a relação entre pai e filho e as interpretações da dupla principal. Clive Owen varia entre momentos patéticos, alguns sérios e outros engraçados, enquanto o garotinho Jaeden Lieberher vive um personagem parecido com seu trabalho em “Um Santo Vizinho”, demonstrando a mesma espontaneidade e simpatia, principalmente nas cenas envolvendo a igreja e os dogmas religiosos.

É um filme pequeno, com cara de independente e que deixa uma boa sensação ao final.

Pais e Filhas (Fathers & Daughters, Itália / EUA, 2015) – Nota 7
Direção – Gabriele Muccino
Elenco – Russell Crowe, Amanda Seyfried, Aaron Paul, Kylie Rogers, Diane Kruger, Bruce Greenwood, Quvenzhané Wallis, Janet McTeer, Jane Fonda, Octavia Spencer.

Nova York, 1988. Uma discussão dentro de um carro causa um acidente fatal. O escritor Jake Davis (Russell Crowe) perde a esposa Carolyn (Janet McTeer), precisa lidar com as sequelas do acidente, além de ficar sozinho com a filha de cinco anos Katie (Kylie Rogers). Jake passa a sofrer de perda de controle do corpo que resulta em convulsões. A partir daí, a trama se divide em uma segunda narrativa que acompanha a adulta Katie (Amanda Seyfried) nos dias atuais. Ela está se formando em psicologia e ajudando crianças com problemas, mas por outro lado, ela mesma sofre com a dificuldade em criar laços afetivos.  

O diretor italiano Gabriele Muccino é especialista em dramas lacrimosos que exploram relacionamentos familiares complicados, doenças e problemas financeiros. Todos estes quesitos são encontrados neste longa, porém sem a mesma força de “À Procura da Felicidade”, seu melhor trabalho até o momento. 

A primeira narrativa que foca na infância da garota Katie e os problemas que seu pai enfrenta são a parte mais interessante do roteiro. Apesar das cenas em que o protagonista tem “ataques” serem estranhas, a força da relação entre pai e filha é muito bem conduzida, assim como a química entre Russell Crowe e a surpreendente garotinha Kylie Rogers. A narrativa que segue os problemas temperamentais da personagem de Amanda Seyfried não chega a convencer. 

No geral é um drama mediano, que prende a atenção, mas que logo é esquecido.

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Adoro esse estilo de filmes.
Filmes com histórias possíveis.

Um Santo vizinho já vi e gostei muito.

Hugo disse...

Liliane - São dois filmes simpáticos sobre relacionamentos familiares.