terça-feira, 29 de novembro de 2016

Força Chape

A paixão que tenho por cinema é do mesmo tamanho da paixão pelo Palmeiras. Este sentimento pelo clube foi passado pelo meu pai que nos deixou em julho último após sofrer por alguns anos com uma terrível doença.

A tristeza pela passagem do meu pai foi confortada por saber que ele não sofreria mais. Como diz a linguagem popular, ele acabou descansando.

Tenho quarenta e cinco anos de idade e desde os oito frequento estádios e acompanho o Palmeiras. Vou em praticamente todos os jogos em nosso estádio, agora uma belíssima arena.

Domingo passado estive lá e festejei muito o título brasileiro ao lado de amigos que conquistei nestes anos. Por uma coincidência do destino, o adversário era a brava Chapecoense, que hoje infelizmente protagonizou o momento mais triste da história do esporte brasileiro, talvez semelhante a morte de Ayrton Senna. Com certeza, é o momento mais triste do futebol brasileiro, derrota alguma jamais irá doer tanto como esta tragédia.

É difícil imaginar o sofrimento dos familiares dos jogadores, da comissão técnica e dos jornalistas que perderam suas vidas, além é claro da comoção que a cidade de Chapecó enfrenta. Para potencializar ainda mais a tragédia, o clube faria amanhã na Colômbia o jogo mais importante de sua história. Para os envolvidos, seria como uma decisão de mundial. É um destino cruel demais.

E este destino cruel ligou a última partida desta equipe contra o Palmeiras. Nossa torcida com certeza é uma das mais sensibilizadas. As mais de quarenta mil pessoas que assistiram ao jogo na Arena com certeza estão com o coração apertado. É muito difícil lembrar que estivemos perto de várias pessoas que perderiam a vida dois dias depois, mesmo que não existisse outra ligação naquele momento. Além disso, algumas das vítimas trabalharam no Palmeiras. O treinador Caio Júnior, os jogadores Ananias e Josimar, além do comentarista Mário Sérgio que foi jogador nos anos oitenta.

A direção do Palmeiras está tomando a frente para prestar homenagens e ajudar a Chapecoense. É um gesto pequeno que não mudará o sofrimentos dos envolvidos, mas que mostra o mínimo que o ser humano deveria ter: "solidariedade".

Que Deus conforte os familiares.

6 comentários:

Liliane de Paula disse...

Nem me fale nesse tamanho de dor e de desespero, Hugo, porque imagino.
Terrível pensar que num segundo a vida muda, a vida se acaba.
Como acordo muito cedo, muito cedo tomei conhecimento do desastre.
Sim, uma tragédia.
Pois é, sua alegria nem pode ser comemorada plenamente.
E a marca da tristeza vai ficar gravada.

Hugo disse...

Liliane, a notícia foi um soco no estômago para todo mundo. Para quem vive no futebol e para o torcedor que acompanha o dia a dia do seu clube, o sentimento foi muito pesado. É inimaginável a dor dos familiares das vítimas e da população da cidade de Chapecó.

Bruxa do 203 disse...

Impossível imaginar a dor dos familiares. No momento está difícil pensar em futebol, títulos, rivalidades, realmente muito pesado.

Tomara que os 6 sobreviventes se recuperem logo, pelo menos a parte física porque psicologicamente vai ser difícil.

Hugo disse...

Bruxa - É uma tragédia que mexeu com todo mundo.

Amanda Aouad disse...

Impactou a todo, com certeza, e imagino que os torcedores do Palmeiras tenham mesmo ficado ainda mais impactados. Só não mais que os familiares e os torcedores da Chape, que esse não consigo nem imaginar. Hoje estava vendo as reportagens da preparação para o velório e é tudo muito triste mesmo. Só nos resta enviar energias positivas mesmo.

bjs

Hugo disse...

Amanda - É um tristeza enorme. Para os familiares e os moradores da cidade o sentimento de perda vai ser difícil de ser superado.

Bjos