domingo, 6 de março de 2016

Uma Noite de Crime: Anarquia

Uma Noite de Crime: Anarquia (The Purge: Anarchy, EUA / França, 2014) – Nota 6,5
Direção – James DeMonaco
Elenco – Frank Grillo, Carmen Ejogo, Zach Gilford, Kiele Sanchez, Zoe Soul, Michael Kenneth Williams, Justina Machado, John Beasley, Jack Conley, Noel Gugliemi, Castulo Guerra, Edwin Hodge.

Em 2023, o “Dia do Expurgo” já é algo comum nos Estados Unidos. No fatídico dia, das sete horas da noite até as sete da manhã, todos os crimes estão liberados. O governo acredita que este dia sirva para as pessoas liberarem seu ódio, fato que diminuiria os crimes e a violência no restante do ano. 

Neste contexto, algumas pessoas se cruzam naquela noite, sendo obrigadas a se unirem para sobreviver. Mãe (Carmen Ejogo) e filha (Zoe Soul), um casal (Zach Gilford e Kiele Sanchez) e um sujeito que deseja vingar a morte do filho (Frank Grillo) se tornam alvos dos justiceiros. Além disso, um grupo rebelde que vê o “Dia do Expurgo” como uma forma de matar pobres para diminuir a população, divulga sua mensagem pela internet e promete lutar contra o governo. 

O filme original tinha como foco uma família da elite que se escondia em sua casa durante a temível noite dos crimes. Aqui o ponto principal é a luta nas ruas, mostrando diversos grupos que com objetivos distintos espalham a violência. 

O roteiro tem algumas ideias interessantes, como a manipulação do povo por parte do governo, que utiliza uma mistura de populismo com religiosidade para legitimar a violência do expurgo, a forma como a elite lida com a violência, sempre se protegendo ao máximo e por fim a discussão sobre até que ponto a vingança cura uma ferida. 

É uma pena que estas boas ideias no final se resumam a um filme de ação com muita correria e violência, sem grande profundidade. 

A parte três deve ser lançada este ano.  

2 comentários:

Liliane de Paula disse...

Ainda bem que o filme se passa num futuro 2023.
Pensei que fosse alguma coisa real. Não é.
Assustador.
Eu acho que vingança cura ferida.

Hugo disse...

Liliane - Se fosse uma lei real, sobraria pouca gente após os acertos de contas.