sexta-feira, 18 de março de 2016

Filmes Antigos - Resenhas Rápidas

Sansão e Dalila (Samson and Delilah, EUA, 1949) – Nota 7
Direção – Cecil B. DeMille
Elenco – Victor Mature, Hedy Lamarr, George Sanders, Angela Lansbury, Russ Tamblyn, Henry Wilcoxon.

O hebreu Sansão (Victor Mature) é dono de uma força fora do normal e está prestes a se casar com Semadar (Angela Lansbury). Os filisteus planejam assassinar Sansão após o casamento, porém terminam por matar Semadar. Triste pela morte da esposa, Sansão é seduzido por sua cunhada Dalila (Hedy Lamarr), que em troca de algumas moedas, deseja descobrir o segredo de sua força. 

O sucesso deste longa deu início a uma série de filmes com temas ligados a bíblia, como o clássico “Os Dez Mandamentos” dirigido pelo mesmo Cecil B. DeMille e o “Manto Sagrado”, que também tinha o astro Victor Mature como protagonista ao lado de Richard Burton. Mesmo com o sucesso, Victor Mature sempre foi considerado pela crítica como um canastrão, que funcionava apenas como herói musculoso semelhante a Schwarzenegger, mas sem o carisma do austríaco.

Sangue Sobre a Neve (The Savage Innocents, França / Itália / Inglaterra, 1962) – Nota 7
Direção – Nicholas Ray
Elenco – Anthony Quinn, Yoko Tani, Peter O’Toole, Carlo Giustini.

Inuk (Anthony Quinn) é um esquimó que vive da caça. Solitário, ele procura uma esposa na sua comunidade, até encontrar Asiak (Yoko Tani). Inuk fica com a jovem e com a velha sogra. Numa de suas caçadas, outro esquimó mostra um rifle para Inuk, que fica curioso sobre o artefato. Ele procura alguns homens brancos pretendendo trocar peles por um rifle. Um desentendimento resulta na morte de um missionário. Inuk volta para sua comunidade, mas se torna um fugitivo perseguido pela justiça dos brancos. 

O roteiro foca basicamente na intolerância com o desconhecido e no choque de culturas. O longa mostra situações comuns na vida dos esquimós, como a troca de esposas, a posição da mulher que é vista apenas como reprodutora e do homem como provedor. O filme fez sucesso por mostrar esta cultura desconhecida para a maioria do público e pela bela fotografia que explora o gelado norte do Canadá. Por outro lado, muitos criticaram a escolha do mexicano Anthony Quinn para o papel do esquimó. Quinn fez uma carreira eclética, interpretando italianos, mexicanos, americanos e até gregos.  

Ídolo, Amante e Herói (The Pride of the Yankees, EUA, 1942) – Nota 7,5
Direção – Sam Wood
Elenco – Gary Cooper, Teresa Wright, Babe Ruth, Walter Brennan, Dan Dureya, Elsa Janssen, Ludwig Stossel.

Em 1939, o astro do beisebol Lou Gehrig (Gary Cooper) faz um discurso emocionado no estádio dos Yankees para encerrar prematuramente a carreira. Gehrig sofre de uma doença muscular progressiva e sabe que lhe restam pouco tempo de vida. A partir daí, o longa mostra a trajetória de Gehrig em flashback, começando pela vida numa cidade do interior, seu relacionamento com a mãe que não queira que ele se tornasse jogador, a chegada aos Yankees, o relacionamento com o astro da equipe Babe Ruth que interpreta a si mesmo e o casamento com Eleanor (Teresa Wright). 

É uma biografia clássica que explora com competência a vida do personagem e que não exagera no melodrama, mesmo com um final extremamente triste. A doença que o matou ficou conhecida informalmente como a “Doença de Lou Gehrig”. 

Copacabana (Copacabana, EUA, 1947) – Nota 5,5
Direção – Alfred E. Green
Elenco – Groucho Marx, Carmen Miranda, Steve Cochran, Andy Russell, Gloria Jean.

Lionel Q. Devereaux (Groucho Marx) é um picareta que apresenta sua noiva Carmen (Carmen Miranda) para Steve (Steve Cochran), dono da boate Copacabana, dizendo que ela é uma famosa cantora francesa chamada Fifi. A moça é contratada, mas logo fica chateada ao ver o noivo flertando com outras garotas. Para irritar Lionel, Carmen se aproxima de Steve, dando início a uma grande confusão de identidades e sentimentos. 

Visto hoje, o filme é uma comédia com piadas ingênuas e poucas situações engraçadas, mesmo com a presença do ótimo Groucho Marx. Por sinal, este é um dos poucos trabalhos que Groucho fez sem a companhia dos irmãos. Muitos críticos brasileiros elogiam o filme pela participação de Carmen Miranda, que realmente era uma cantora talentosa, mas o longa está longe de ser um clássico.

4 comentários:

Liliane de Paula disse...

Não lembro de ter assistido nenhum desses filmes.
Mas lembro de Victor Mature.

ELA( Esclerose Lateral Amiotrófica) doença de Lou Gehrig, continua sendo uma doença terrível, incurável e desconhecida.

Gustavo H.R. disse...

Acho The Pride of the Yankees sensacional. Também notei isso que você escreveu, é bem menos melodramático do que a maioria dos filmes da época e o final é sombrio.

Cumps.

Pedrita disse...

faz muito tempo que vi. chocam sempre com a realidade dos filmes atuais cheios de efeitos. beijos, pedrita

Hugo disse...

Liliane - Realmente é uma doença terrível.

Gustavo - O filme foi produzido pouco tempo depois da morte de Gehrig.

Pedrita - A diferença é enorme entre os filmes produzidos até os anos sessenta e os filmes atuais.

Abraço