quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Cake - Uma Razão Para Viver

Cake – Uma Razão Para Viver (Cake, EUA, 2014) – Nota 7,5
Direção – Daniel Barnz
Elenco – Jennifer Aniston, Adriana Barraza, Anna Kendrick, Sam Worthington, Mamie Gummer, Felicity Huffman, William H. Macy, Chris Messina, Lucy Punch, Britt Robertson.

Em uma reunião de um grupo de apoio, a coordenadora (Felicity Huffman) tenta saber o sentimento das participantes em relação a uma colega (Anna Kendrick) que cometeu suicídio. Após alguns depoimentos, Claire Bennett (Jennifer Aniston) choca as companheiras ao questionar a escolha da pessoa que se suicidou, a forma que ela encontrou para realizar seu desejo de pôr fim à vida e os detalhes do ocorrido. 

Claire sofre com dores terríveis nas pernas, tem várias cicatrizes pelo corpo, está viciada em analgésicos e abusa da ironia e do cinismo para enfrentar o dia a dia. Sua relação mais próxima é com a empregada Silvana (Adriana Barraza), que mesmo sendo obrigada a aguentar o mau humor de Claire, se preocupa com a patroa como se fosse uma filha. 

Intrigada com o suicídio da colega e tentando entender seu próprio sofrimento, Claire se aproxima do marido da jovem, Roy (Sam Worthington), que tenta seguir a vida criando o filho pequeno. 

Um dos pontos positivos deste drama sobre depressão e tragédia é não cair no melodrama. O roteiro de Patrick Tobin descreve com realismo o sofrimento enfrentado pela personagem de Jennifer Aniston, revelando aos poucos os detalhes da tragédia que mudou completamente sua vida. 

Esta sobriedade é valorizada pelas interpretações de Jennifer Aniston e Adriana Barraza, que criam uma inusitada relação permeada por diferenças de atitudes, de costumes e do modo de enfrentar a vida. Aniston mostra que além da conhecida veia cômica, também tem talento para personagens mais profundas. 

É um drama triste, mas com pitadas de esperança.

2 comentários:

Amanda Aouad disse...

O filme tem bons momentos. E é interessante que você aponte acertadamente a questão do melodrama e a versão brasileira tenha escolhido um título tão melodramático pra obra, rs.

bjs

Hugo disse...

Amanda - As traduções de títulos em português são quase sempre voltadas para chamar a atenção de um determinado público, mesmo que o conteúdo do filme seja bem diferente do que parece.

Bjos