terça-feira, 21 de julho de 2015

Robin Hood - Quatro Versões

O ladrão Robin Hood é um dos personagens que mais foi explorado na história do cinema. São várias versões, inclusive uma comédia maluca de Mel Brooks e tendo como a mais recente um longa de Ridley Scott produzido em 2010 (clique aqui para ler a resenha).

Nesta postagem, comento quatro versões sobre a vida do personagem.

Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões (Robin Hood: Prince of Thieves, EUA, 1991) – Nota 7,5
Direção – Kevin Reynolds
Elenco – Kevin Costner, Morgan Freeman, Mary Elizabeth Mastrantonio, Christian Slater, Alan Rickman, Brian Blessed, Michael Wincott, Geraldine McEwan, Michael McShane, Nick Brimble, Sean Connery.

Após voltar das Cruzadas, Robin de Locksley (Kevin Costner) descobre que seu pai foi assassinado e suas terras roubadas. Perseguido pelo xerife de Nothingham (Alan Rickman), Robin e seu amigo Azeem (Morgan Freeman), um mouro que lhe deve a vida, fogem para a floresta onde se unem a um bando de ladrões que lutam contra o exército e o xerife. Em meio à luta, Robin se casa com a bela Marian (Mary Elizabeth Mastrantonio). 

Depois do clássico “As Aventuras de Robin Hood” de Michael Curtiz, esta é a melhor versão da história do personagem para o cinema. Filmado quase como uma obra pop, repleto de cenas de ação competentes, um bom elenco e um roteiro bem amarrado, além de uma gigantesca campanha publicitária, o longa foi um grande sucesso de bilheteria. O grande investimento rendeu exageros, como a famosa cena da flecha cortando uma árvore, que foi filmada apenas para o trailer e a participação de um minuto de Sean Connery, que dizem ter cobrado um cachê de um milhão de dólares. 

A presença do astro Kevin Costner no auge da carreira foi outro ponto que ajudou no sucesso do longa. Costner vinha de uma incrível sequência de grandes bilheterias: “Os Intocáveis”, “Sem Saída”, “Sorte no Amor”, “O Campo dos Sonhos” e o premiado “Dança com Lobos” o transformaram no grande astro da época. 

Robin Hood – O Herói dos Ladrões (Robin Hood, EUA, 1991) – Nota 7
Direção – John Irvin
Elenco – Patrick Bergin, Uma Thurman, Jurgen Prochnow, Jeroen Krabbé, Edward Fox, David Morrissey.

O saxão Robert Hode (Patrick Bergin) é um dono de terras que ao defender um pobre camponês, entra em conflito com dois normandos, Sir Folcanet (Jurgen Prochnow) e o Barão Daguerre (Jeroen Krabbé), que confisca suas terras e manda seus soldados prendê-lo. Robert foge para a floresta e se une a outros excluídos, que juntos começam a roubar os ricos par ajudar os pobres, se tornando um lenda entre o povo que o batiza de Robin Hood. 

Sua fama se transforma em ameaça para o Príncipe John (Edward Fox), que comanda o reino enquanto o Rei Ricardo Coração de Leão está lutando nas Cruzadas. Robin Hood ainda rouba o coração de Lady Marian (Uma Thurman), que é noiva de Folcanet e sobrinha de Daguerre. 

Produzido em paralelo com o Robin Hood de Kevin Costner, este bom filme naufragou nas bilheterias, sendo um exemplo de falta de timing dos produtores. Enquanto o filme de Costner era um blockbuster, este longa apresentava um enfoque mais forte sobre vida de Robin Hood, criando um herói um pouco mais bruto e uma Lady Marian muito mais forte do que as versões puritanas da personagem em outros filmes. 

O protagonista Patrick Bergin sempre foi um grande canastrão, mas na época estava no auge da carreira e seu desempenho chega a ser interessante, assim como as atuações do restante do elenco internacional.   

Robin e Marian (Robin and Marian, EUA, 1976) – Nota 6
Direção – Richard Lester
Elenco – Sean Connery, Audrey Hepburn, Robert Shaw, Nicol Williamson, Richard Harris, Denholm Elliott, Ian Holm.

Muitos anos após os acontecimentos da história original, Robin Hood (Sean Connery) e seu amigo Little John (Nicol Williamson) retornam para a floresta de Sherwood e reencontram Lady Marian (Audrey Hepburn), agora vivendo como freira em um convento. O retorno de Robin faz renascer o ódio do xerife de Nothingham (Robert Shaw), que para tentar capturar o inimigo, decide prender Lady Marian e utilizá-la como isca. 

Esta releitura da história de Robin Hood tem como pontos positivos a originalidade do enfoque e o elenco repleto de grandes atores britânicos, além da bela Audrey Hepburn, que na época estava há nove anos longe do cinema. Audrey ainda faria mais quatro filmes antes de falecer em 1993. 

O filme tem um ritmo irregular e algumas cenas de ação que não empolgam. Vale apenas como curiosidade. 

O Filho de Robin Hood (The Bandit of Sherwood Forest, EUA, 1946) – Nota 6,5
Direção – George Sherman & Henry Levin
Elenco – Cornel Wilde, Anita Louise, Jill Esmond, Edgar Buchanan, Henry Daniell.

Quando William de Pembroke (Henry Daniell), príncipe regente da Inglaterra, decreta a prisão da família real, a rainha (Jill Esmond) e sua filha, a princesa Catherine (Anita Louise), conseguem fugir para a floresta de Sherwood, onde procuram ajuda com Robert de Nothingham (Cornel Wilde), filho do lendário Robin Hood, para tentar salvar o rei que está preso na masmorra do castelo. 

Esta produção B modifica a história de Robin Hood, criando um filho do personagem para combater as injustiças no reino. As cenas de ação são interessantes, com as tradicionais brigas de capa e espada e muito correria. 

O canastrão Cornel Wilde protagonizou vários filmes B de ação até os anos sessenta, tendo seu papel mais importante no clássico “O Maior Espetáculo da Terra” dirigido por Cecil B. De Mille.

3 comentários:

Pedrita disse...

eu vi algumas dessas versões e gostei muito. é sempre uma história que empolga. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Geralmente são filmes cheios de ação.

Bjos

Gustavo H.R. disse...

Só vi a de Scott e, francamente, essas outras não despertam interesse, salvo a dos anos 30 com Flynn...

Cumps.