sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A Excêntrica Família de Antonia

A Excêntrica Família de Antonia (Antonia, Holanda / Bélgica / Inglaterra, 1995) – Nota 7,5
Direção – Marleen Gorris
Elenco – Willeke van Ammelrooy, Els Dottermans, Dora van der Groen, Veerle van Overloop, Jan Decleir, Mil Seghers.

Sem uma data específica, mas provavelmente nos anos cinquenta, a viúva Antonia (Willeke van Ammelrooy) retorna para a pequena vila onde nasceu no interior da Holanda, levando sua jovem filha Danielle (Els Dottermans). 

Mulher de gênio forte e com mentalidade à frente de sua época, Antonia enfrenta o machismo presente no local e acolhe em sua propriedade várias pessoas consideradas descartáveis pelos moradores. 

Um rapaz com atraso mental, uma jovem abusada pelo pai e o irmão, uma prostituta mãe de dois filhos, um ex-padre e um velho senhor intelectual que não sai de casa traumatizado por causa dos horrores que testemunhou durante a Segunda Guerra, se tornam sua família. 

O roteiro seguirá a vida destas pessoas durante algumas décadas, incluindo ainda o crescimento da “família”, tanto pelo nascimento de Therese (Veerle van Overloop na fase adulta), filha de Danielle, uma garota com inteligência acima da média, quanto pelas crianças frutos dos agregados de Antonia. 

Vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro, o roteiro deste interessante drama foca em vários temas universais, ao mesmo tempo em que os situa na vida aparentemente pacata da pequena vila holandesa. Temos os conflitos familiares, a solidariedade, o preconceito, a violência, a religião, o suicídio e as pequenas mudanças de costumes com o passar do tempo. 

Em meio a tudo isto, o ponto principal é a liberdade de escolha da mulher. Antonia é uma personagem que defende seus ideais sem medo, numa época em isso era incomum. Sua filha Danielle dá um passo a mais com “a produção independente” que resulta em Therese e também no relacionamento com outra mulher. Todos estes fatos são mostrados através de uma narrativa peculiar, num estilo diferente do que estamos acostumados, sem pressa, porém na medida certa do drama. 

2 comentários:

Pedrita disse...

eu gosto muito mais de central do brasil que concorreu junto com esse filme. mas é um bom filme sim. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Concordo, também considero "Central do Brasil" um filme melhor, sem diminuir a qualidade deste drama holandês.

Bjos