sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Grande Demais Para Quebrar

Grande Demais Para Quebrar (To Big To Fail, EUA, 2011) – Nota 7,5
Direção – Curtis Hanson
Elenco – William Hurt, Billyu Crudup, James Woods, Paul Giamatti, Topher Grace, Bill Pullman, Cynthia Nixon, Ayad Akhtar, Tony Shalhoub, Evan Handler, Edward Asner, John Heard, Kathy Baker, Amy Carlson, Michael O’Keefe, Joey Slotnick, Ajay Metha, Matthew Modine, Dan Hedaya, Peter Hermann.

Sei que economia é um tema que passa longe do gosto do grande público, principalmente pelo complexo mecanismo de funcionamento e os termos utilizados pelos profissionais da área que ajudam a afastar o interesse das pessoas, mas mesmo assim é necessário tentarmos entender um pouco, pois o que ocorre no mercado financeiro influencia direta e indiretamente nossa vida. 

Este longa de Curtis Hanson, junto com “Margin Call – O Dia Antes do Fim” e os documentários “Trabalho Interno” e “Capitalismo – Uma História de Amor”, são obras que se completam ao mostrar as causas da séria crise financeira que os Estados Unidos enfrentam desde 2008. Todas as situações mostradas nestas obras servem como exemplo para qualquer país capitalista, incluindo o Brasil, é claro. 

Este “Grande Demais Para Quebrar” foca a explosão da crise financeira americana em meados de 2008, quando o banco Lehman Brothers está à beira da falência e seu CEO (James Woods) ainda tenta lucrar com uma possível venda, mas falha nas negociações. 

O Secretário do Tesouro Americano, Henry Paulson (William Hurt), é acionado para tentar encontrar uma solução, pois a falência do Lehman Brothers causaria um efeito dominó e levaria para o buraco outros grandes bancos. 

Durante as reuniões com seus assessores, Paulson é informado por um consultor independente (Michael O’Keefe), que a empresa AIG, a maior seguradora do mundo, também passa por dificuldade e que com certeza iria a falência junto com os bancos, destruindo o sistema financeiro americano, pois todos os bancos utilizavam esta empresa para fazer seguro de seus empréstimos. 

Para tentar salvar a economia do país, Paulson reúne em um final de semana os CEOs dos maiores bancos americanos para tentar costurar uma solução antes do desastre. 

O roteiro baseado no livro do jornalista Andrew Ross Sorkin detalha todo o processo de negociações entres as autoridades dos governo e os chefões dos grandes bancos, com um detalhe, estes personagens são mostrados de uma forma imparcial, sem entrar em juízo de valores ou caráter, mesmo que a culpa pela crise e o quase colapso do país fossem de responsabilidade deles. 

Os quatro filmes que citei são recheados de diálogos, com uma infinidade de informações e personagens, mas são extremamente didáticos para quem deseja saber um pouco sobre o tema.

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