sexta-feira, 18 de abril de 2014

Gosto de Cereja

Gosto de Cereja (Ta'm e guilass, Irã / França, 1997) – Nota 6
Direção – Abbas Kiarostami
Elenco – Homayoun Ershadi, Abdolrahman Bagheri, Afshin Khorshid Bakhtiari, Safar Ali Moradi, Mir Hossein Noori.

Um sujeito de meia-idade (Homayoun Ershadi) vaga com seu carro pelas ruas de uma cidade e por uma área rural em meio ao deserto, sempre à procura de alguém que aceite fazer “um trabalho” que ele hesita em contar. O homem puxa conversa com diversas pessoas e oferece carona para algumas que aceitam, porém se assustam quando descobrem o que ele realmente deseja. 

Para quem não assistiu não contarei o desejo do protagonista, situação que não tem uma explicação profunda, provavelmente pela escolha do diretor iraniano Abbas Kiarostami em fazer com que o público fique sem informações para julgar a atitude do homem. 

Nos anos noventa, o cinema iraniano se torna queridinho da crítica mundial com filmes como “Através das Oliveiras” do próprio Kiarostami, “O Balão do Branco” de Jafar Panahi e “Filhos do Paraíso” de Majid Majidi, porém são longas com temáticas diferentes das produções ocidentais e uma narrativa própria, algumas vezes lenta e estranha. 

Este “Gosto de Cereja” ao mesmo tempo em que faz pensar sobre a vida, principalmente na sequência em que um velho homem cita a história do sabor da cereja, por outro lado apresenta uma narrativa lenta tornando o filme cansativo deixando a impressão de que nada acontece. 

Mesmo tendo vencido a Palma de Ouro em Cannes, ainda prefiro outras produções iranianas como o citado “Filhos do Paraíso” e o recente “Procurando Elly”. 

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