sábado, 8 de fevereiro de 2014

Fruitvale Station: A Última Parada

Fruitvale Station: A Última Parada (Fruitvale Station, EUA, 2013) – Nota 7,5
Direção – Ryan Coogler
Elenco – Michael B. Jordan, Melonie Diaz, Octavia Spencer, Kevin Durand, Chad Michael Murray, Ahna O’Reilly, Ariana Neal.

Estação de trem Fruitvale nos arredores de San Francisco, madrugada de 1 de janeiro de 2009, uma confusão entre jovens e policiais na plataforma termina em tragédia, sendo documentada por câmeras e celulares de diversos passageiros. 

A partir daí, a trama volta para o início do dia anterior para seguir os passos do jovem Oscar (Michael B. Jordan), que após passar algum tempo preso por traficar drogas, tenta recomeçar a vida com a namorada Sophina (Melonie Diaz) e a filha pequena Tatiana (Ariana Neal), porém sua vida não está nada fácil. Ele foi dispensado do emprego em um supermercado e sente-se perdido pela falta de perspectiva, sendo tentado a voltar a traficar. 

O roteiro do próprio diretor Ryan Coogler é baseado numa história real que guarda semelhanças com “Jean Charles” e “Última Parada 174”, principalmente nas questões de preconceito e do despreparo da polícia. A diferença principal aqui está na forma como o diretor Coogler tenta transformar o protagonista Oscar num cara legal, exagerando um pouco na dose de boas atitudes do sujeito no fatídico dia. 

As sequências do casal com a mulher grávida e da garota no supermercado servem como um efeito simbólico do bom mocismo do jovem, mas ao mesmo tempo são difíceis de acreditar que realmente aconteceram, principalmente pela enorme e terrível coincidência do reencontro no trem com a garota do supermercado. 

O filme ganha pontos com a narrativa sóbria e no acerto do diretor em não apelar para os flashbacks, criando apenas uma sequência neste estilo extremamente importante para a trama. 

Outro ponto positivo é a sincera interpretação de Michael B. Jordan, ator com quase toda a carreira em séries de tv e que eu conhecia apenas pela participação na primeira temporada de “The Wire”, quando ele interpretava um adolescente envolvido com traficantes que acabava assassinado. 

No geral, é um filme que chama muito mais atenção pela trágica história ser real, do que por ser um grande trabalho cinematográfico.

4 comentários:

thicarvalho disse...

Um dos meus filmes prediletos de 2013. Assisti no Festival do Rio e lembro do silêncio que ficou na sala após o término do filme. Parecia mesmo que tínhamos presenciado toda a cena. Realmente o único porém fica por essa intenção de fazer do personagem um bom moço. Pelo menos Michael B. Jordan tem um ótimo desempenho, e não deixa o filme cair no melodrama. Abs.

Hugo disse...

Thi - A cena inicial já é chocante, deixa de cara o espectador sem ação.

Abraço

Amanda Aouad disse...

É isso, a história é forte, o filme nem tanto, mas a cena inicial e as cenas da situação em si são muito boas. E Michael B. Jordan está mesmo muito bem.

bjs

Hugo disse...

Amanda - A cena real e a sequência na plataforma do trem são boas como cinema e trágicas na vida real.

Bjos