quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O Homem do Futuro

O Homem do Futuro (Brasil, 2011) – Nota 6,5
Direção – Cláudio Torres
Elenco – Wagner Moura, Alinne Moraes, Maria Luisa Mendonça, Fernando Ceylão, Gabriel Braga Nunes.

O cientista Zero (Wagner Moura) é um sujeito ressentido com a vida que fica ainda mais revoltado quando a empresária Sandra (Maria Luisa Mendonça), que banca seu projeto de desenvolvimento de um novo tipo de energia, ameaça dispensá-lo por pressão dos investidores. Zero decide então testar sua máquina antes de perder o projeto, utilizando ele mesmo como cobaia. 

Para sua surpresa, ao invés de gerar energia, a máquina o transporta para vinte anos antes, em 1991 quando ele era apenas um estudante na universidade. Zero volta exatamente para o dia que ele considera que mudou sua vida, quando a bela Helena (Alinne Moraes) o humilhou durante um show para os estudantes. O surpreendente retorno faz com que Zero imagine que possa mudar seu futuro alterando o passado, o que causará conseqüências inesperadas. 

Esta experiência do diretor Cláudio Torres em investir numa ficção resulta satisfatória até certo ponto, falhando principalmente no final apressado onde seu roteiro tenta encaixar todas as peças à força para chegar a um final feliz. Até este ponto o filme é divertido, mesmo que na verdade a trama recicle idéias de várias filmes famosos sobre viagens no tempo. 

A inspiração principal vem dos dois primeiros “De Volta Para o Futuro”, com o baile sendo transformado numa festa à fantasia, o personagem de Wagner Moura cantando assim como Michael J. Fox que toca guitarra no clássico e até a criação de um futuro alternativo bizarro é copiado. Posso citar também que a história de amor lembra “Efeito Borboleta”, a bandagem utilizada por Wagner Moura para tentar se disfarçar foi tirada do pouco conhecido longa espanhol “Crimes Temporais (Los Cronocrimenes)” e até a chegada do personagem principal ao passado vestido como astronauta lembra no estilo “O Exterminador do Futuro”, com a diferença de que Schwarzenegger chega nu. 

Esta salada acaba valorizada pelo bom desempenho de Wagner Moura, que interpreta o mesmo personagem três vezes, todas de forma diferente e de maneira convincente. 

Minha nota pode parecer baixa, mas a parte final me desagradou bastante tirando um pouco da qualidade do filme.  

2 comentários:

Amanda Aouad disse...

A parte final não me desagradou tanto, apesar de concordar com a pressa em resolver para chegar ao final feliz. Acho que entre erros e acertos, foi uma boa tentativa de ficção científica na nossa filmografia.

bjs

Hugo disse...

Amanda - A tentativa foi válido, o cinema brasileiro arriscar com os filmes que fujam do lugar comum. O gênero ficção é um que deve ser melhor explorado.

Bjos