sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Comédias com Danny DeVito

Jogue a Mamãe do Trem (Throw Momma From the Train, EUA, 1987) – Nota 7
Direção – Danny DeVito
Elenco – Danny DeVito, Billy Crystal, Anne Ramsey, Kim Greist, Kate Mulgrew, Branford Marsalis, Rob Reiner.

O professor Larry (Billy Crystal) está revoltado porque sua ex-esposa (Kate Mulgrew) roubou seu manuscrito e ficou famosa ao publicar o livro como se fosse dela. Seu aluno Owen (Danny DeVito) deseja também ser escritor, mas não tem talento algum. Não se conformando com a situação, Owen acredita que seu fracasso está ligado a sua mãe (Anne Ramsey), uma megera dominadora que sufoca sua vida. 

Num certo dia, Owen sugere ao professor Larry um troca de assassinatos. Owen diz que matará a ex-esposa de Larry, em troca ele deseja que Larry acabe com a vida de sua mãe. Larry não leva a sério a proposta, mas fica louco quando Owen cumpre sua parte e vem cobrar o assassinato da mãe. 

Esta paródia do clássico “Pacto Sinistro” de Hitchcock não chega a ser um grande filme, mas diverte principalmente pelos personagens. Danny DeVito como o sujeito maluco e Billy Crystal como o covarde estão engraçados, mas o destaque fica com Anne Ramsey, atriz especialista em papéis de mulheres duronas, que ficou marcada por seu trabalho em “Os Goonies” e que faleceu com apenas cinqüenta e oito anos, porém aparentando ter bem mais idade.

Quem Tudo Quer, Tudo Perde (Wise Guys, EUA, 1986) – Nota 6,5
Direção – Brian De Palma
Elenco – Danny DeVito, Joe Piscopo, Harvey Keitel, Ray Sharkey, Dan Hedaya, Captain Lou Albano, Patti LuPone, Julie Bovasso, Frank Vincent.

Os amigos Harry (Danny DeVito) e Moe (Joe Piscopo) trabalham como uma espécie de garotos de recado para o mafioso Anthony Castelo (Dan Hedaya). Quando eles recebem a missão de apostar uma alta quantia em um específico cavalo e decidem mudar a aposta por conta, causam um grande prejuízo ao mafioso, que ao invés de matá-los dá uma nova oportunidade, um tanto quanto sinistra. Castelo diz que aquele que matar o outro será perdoado. Como são amigos e medrosos, a dupla foge para Las Vegas com o objetivo de conseguir o dinheiro para quitar a dívida. 

Esta incursão de Brian De Palma no gênero comédia foi um grande fracasso, muito por ter seu nome ligado aos filmes policiais e de suspense e por aqui entregar um longa não mais do que mediano. Algumas coisas funcionam, como a química entre DeVito e Piscopo e principalmente a famoso cena da bomba no carro, em que o sofrimento do personagem do DeVito é captado de forma engraçada, assim como os figurantes se escondendo com medo. Mesmo De Palma sendo um grande diretor, no final fica a impressão de que a faltou alguém com mais jeito para o gênero.

O Campeão da Audiência (The Ratings Game, EUA, 1984) – Nota 6
Direção – Danny deVito
Elenco – Danny DeVito, Rhea Pearlman, Gerrit Graham, Barry Corbin, Kevin McCarthy, Huntz Hall.

Vic DeSalvo (Danny DeVito) é o dono de uma empresa de caminhões em New Jersey. Sujeito sem cultura, mas que por ser rico sonha em ficar famoso. Para isso, ele compra espaço em um pequeno canal de tv para produzir seu programa, que resulta numa verdadeira bomba. O que seria um grande fracasso, muda de figura quando Vic conhece Francine (Rhea Pearlman), uma jovem que trabalha no canal de tv e por não ser bonita é preterida numa promoção de cargo. Para se vingar, Francine decide ajudar Vic a manipular os dados da audiência, transformando o estranho programa em sucesso. 

Esta simpática produção para a tv foi a estreia de Danny DeVito na direção de um longa, aproveitando que na época ele era conhecido por trabalhar na sitcom “Taxi” e sua esposa Rhea Pearlman fazia parte do elenco da premiada ”Cheers”, protagonizada por Ted Danson. 

Um Novo Homem (Renaissance Man, EUA, 1994) – Nota 6,5
Direção – Penny Marshall
Elenco – Danny DeVito, Gregory Hines, James Remar, Cliff Robertson, Stacey Dash, Mark Wahlberg, Ed Begley Jr, Lilo Brancato Jr, Richard T. Jones, Kadeem Hardison.

Bill Rago (Danny DeVito) é um sujeito divorciado, amargurado com a vida e que acaba perdendo o emprego. Sem opções, Bill aceita trabalhar como professor em um quartel do exército para ensinar um grupo de recrutas que tem dificuldade de aprendizado. A princípio desanimado com o trabalho, aos poucos Bill passa a entender melhor os problemáticos alunos e cria com eles um interessante laço afetivo. 

Esta comédia com toques de drama bebe na fonte dos longas sobre professores que tentam mudar a vida dos alunos, com a diferença de se passar em um quartel. Vale destacar o elenco, que tem entre os coadjuvantes Mark Wahlberg em seu primeiro papel no cinema, a promessa Lilo Brancato Jr que infelizmente hoje está preso por roubo e assassinato, além dos falecidos Gregory Hines e Cliff Robertson.

Com o Dinheiro dos Outros (Other People’s Money, EUA, 1991) – Nota 5
Direção – Norman Jewison
Elenco – Danny DeVito, Gregory Peck, Penelope Ann Miller, Piper Laurie, Dean Jones, R. D.Call, Mo Gafney.

Lawrence Garfield (Danny DeVito) é um especulador especialista em adquirir empresas em dificuldade por um baixo valor, para fazer com que as ações aumentem e ele lucre na revenda. Quando ele se interessa por uma empresa familiar, o veterano proprietário (Gregory Peck) escala sua filha Kate (Penelope Ann Miller) para defender seus bens do ataque de Lawrence. Por ironia do destino, o durão Lawrence acaba se apaixonando por Kate, causando uma grande confusão no negócio. 

Este longa que não se define entre comédia, drama ou história de amor, é com certeza o trabalho mais fraco da carreira do diretor Norman Jewison (“O Feitiço da Lua”, “Hurricane”). A disputa entre os personagens de DeVito e Penelope Ann Miller chega a ser irritante, sem contar que o romance entre os dois se mostra falso e sem química alguma. O resultado é uma bola fora na carreira dos envolvidos, inclusive o veterano astro Gregory Peck que pouco pode fazer para melhorar o filme.

Parentes Perfeitos (Relative Strangers, UA, 2006) – Nota 5
Direção – Greg Glienna
Elenco – Danny DeVito, Kathy Bates, Ron Livingston, Neve Campbell, Bob Odenkirk, Edward Herrmann, Christine Baranski, Beverly D'Angelo, Ed Begley Jr, Tracey Walter, Michael McKean.

O psiquiatra Richard Clayton (Ron Livingston) descobre que foi adotado e resolve procurar seus verdadeiros pais. A ansiedade pelo encontro se transforma em choque quando ele encontra um casal de malucos (Danny DeVito e Kathy Bates), completamente opostos dos pais adotivos (Edward Herrmann e Christine Baranski), um típico casal de subúrbio americano. 

O roteiro explora as diferenças entre os casais através de situações absurdas e até constrangedoras, que chegam a irritar o espectador, até o final clichê onde tudo se acerta. É uma típica comédia que flerta com humor negro, mas não passa de um produto hollywoodiano sem graça.  

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