domingo, 20 de outubro de 2013

O Labirinto do Fauno

O Labirinto do Fauno (El Laberinto Del Fauno, Espanha / México / Estados Unidos, 2006) – Nota 8,5
Direção – Guillermo Del Toro
Elenco – Ivana Baquero, Sergi Lopez, Maribel Verdú, Doug Jones, Ariadna Gil, Alex Angulo.

Em 1944, a Guerra Civil Espanhola já havia terminado, porém grupos considerados rebeldes ainda lutavam contra a ditadura fascista do general Franco. 

Neste contexto, a menina Ofelia (Ivana Baquero) viaja de carro com a mãe Carmen (Ariadna Gil) para um posto do exército nas montanhas, onde ela encontrará o padastro, o capitão Vidal (Sergi Lopez). Carmen está grávida e doente, mas o sádico Vidal está preocupado apenas com o nascimento de seu filho, que ele tem certeza ser um garoto. 

A solitária Ofelia faz amizade com a empregada Mercedes (Maribel Verdú), que por seu lado ajuda os rebeldes que estão escondidos na floresta. Ofelia também se refugia nas história de seus livros de contos de fadas, até que surge uma espécie de fada que a leva até um enorme labirinto no quintal, onde a garota encontra um Fauno (o mímico Doug Jones). A estranha criatura diz que Ofelia é na verdade a rainha de um reino subterrâneo e que ela precisa realizar três missões para cumprir seu destino. 

O roteiro do próprio diretor mexicano Guillermo Del Toro é um dos pontos alto do filme, ao criar uma história que mistura um conto de fadas adulto com uma trama com fundo político e social. A saga da personagem Ofelia pode ser analisada pelo ponto vista da fantasia ou da realidade, com esta dualidade ficando clara na sequência final. Além disso, o longa é repleto de simbolismos, como o personagem do capitão Vidal que pode ser considerado mais cruel do que as sinistras criaturas que a menina Ofelia enfrenta. 

As atuações são competentes, principalmente Sergi Lopez, que cria um dos vilões mais cruéis da história do cinema, que me fez lembrar o nazista de Ralph Fiennes em “A Lista de Schindler”. 

A parte técnica também é fantástica, tanto a bela fotografia que explora a floresta em vários momentos, quanto as assustadoras criaturas, principalmente o Fauno e o Homem Pálido, os dois com Doug Jones por baixo da maquiagem. 

Mesmo tendo um carreira com bons filmes, este pode ser considerado o melhor trabalho de Del Toro. 

Como curiosidade, um dos produtores é o também diretor mexicano Alfonso Cuarón, atualmente em alta com o enorme sucesso de “Gravidade”. 

6 comentários:

Emerson Silva disse...

Realmente é o melhor filme de Del Toro como diretor. História criativa e gostosa de ver!

Abraço:
http://ocinematografo.blogspot.com.br/

Gustavo disse...

Concordo. Acho este o melhor do diretor, disparado. É muita originalidade e até ousadia. Impactante. Coitado dos pais que alugaram isto para os filhos verem, achando que era coisa de criança.

Hugo disse...

Emerson - Ele acertou na estanha mistura de contos de fadas com drama político.

Gustavo - Infelizmente muitas pessoas alugam filmes pelo título e depois se arrependem quando encontram uma história completamente diferente do que imaginaram.

Abraço

Fábio Henrique Carmo disse...

Esse filme é brilhante! Também considero o melhor de Del Toro. Ao mesmo tempo sensível e sombrio, alcança um resultado difícil de ser atingido.

Silvia Freitas disse...

Acho esse filme muito interessante. Recomendo pra quem não viu.
Gde abraço!

Hugo disse...

Fábio - Ele conseguiu fazer uma estranha mistura de temas dar certo na tela.

Abraço