Esta grande quantidade de adaptações gerou ótimos filmes como por exemplo "A Espera de um Milagre", "Carrie - A Estranha" e "Conta Comigo", mas também vários longas ruins, principalmente produções nos anos oitenta e início dos noventa.
Listei dez destes filmes que analisados como cinema são fracos. Alguns deles prendem a atenção, mas são claramente produções repletas de falhas.
Nesta primeira postagem eu publico a resenha dos cinco primeiros filmes da lista.
Cujo (Cujo,
EUA, 1983) – Nota 5,5
Direção –
Lewis Teague
Elenco –
Dee Wallace, Daniel Hugh Kelly, Danny Pintauro, Christopher Stone, Ed Lauter.
O casal Trenton passa por uma crise. Vic (Daniel Hugh Kelly)
descobriu que sua esposa Donna (Dee Wallace) o traiu com um conhecido chamado
Steve (Christopher Stone). Ao mesmo tempo, Vic precisa viajar para resolver
problemas profissionais, deixando a esposa com o pequeno filho Ted (Danny
Pintauro). Sozinha com o filho, Donna tem um problema no carro e decide levá-lo
ao mecânico Joe (Ed Lauter) que tem uma oficina num local afastado, porém ao
chegar lá, mãe e filho ficam presos no automóvel cercados pelo cachorro Cujo,
um outrora dócil São Bernardo que foi infectado pela raiva ao ser mordido por
um morcego e assim atacou e matou seu dono e a esposa.
A estranha história
escrita por Stephen King mistura drama familiar com a violência de um cão
raivoso, sendo transposta para o cinema de um modo quase cru, com sequências
assustadoras do cão atacando suas vítimas. Como curiosidade, a atriz Dee
Wallace interpretou a mãe das crianças em “ET – O Extraterrestre”.
Chamas da Vingança (Firestarter, EUA, 1984) – Nota 6
Direção –
Mark L. Lester
Elenco –
David Keith, Drew Barrymore, George C. Scott, Martin Sheen, Heather Locklear,
Freddie Jones, Art Carney, Louise Fletcher, Moses Gunn, Antonio Fargas.
Andy McGee (David Keith) e sua filha, a pequena Charlene “Charlie”
McGee (Drew Barrymore com oito anos de idade), estão fugindo de uma organização
secreta chamada “A Oficina” que deseja capturar Charlie. A garotinha nasceu com
o poder de atear fogo em tudo o que desejar, porém pela idade ainda não
consegue controlar seu dom. O poder é resultado de uma experiência que seu pai
e sua mãe (Heather Locklear) foram cobaias na universidade sem saber das
consequências. Os agentes da Oficina mataram a mãe e agora liderados por
Rainbird (George C. Scott interpretando um descendente de índios) desejam
utilizar o poder da garotinha a qualquer custo.
O longa tem uma narrativa ágil
e várias cenas de ação, principalmente com fogo, mas se perde num roteiro confuso e no fraco protagonista
interpretado pelo canastrão Keith David. O diretor Mark L. Lester é
especialista em filmes de ação onde roteiro e atuação não são suas principais
preocupações. Seus dois trabalhos mais conhecidos são o clássico trash “Comando
Para Matar” com Schwarzenegger e o movimentado “Massacre no Bairro Japonês” com
Brandon Lee e Dolph Lundgreen.
A Colheita
Maldita (Children of the Corn, EUA, 1984) – Nota 6
Direção – Fritz
Kiersch
Elenco –
Peter Horton, Linda Hamilton, R. G. Armstrong, John Franklin, Courtney Gains.
O casal Burt (Peter Horton) e Vicky (Linda Hamilton) estão
viajando pelo interior dos Estados Unidos quando presenciam um assassinato. Eles
decidem denunciar o fato numa cidade próxima, porém chegando ao local encontram
uma espécie de cidade fantasma. Logo descobrem que um estranho garoto (John
Franklin) comanda as crianças da cidade e conseguiu fazer com que elas matassem
todos os adultos, sendo que eles podem ser as próximas vítimas.
Mesmo com
falhas no roteiro e na direção do fraco Fritz Kiersch, o filme assusta ao
mostrar um grupo de crianças assassinas lideradas por outra maquiavélica
criança. Os estranhos garotos John Franklin como o líder e Courtney Gains como uma
espécie de braço direito são assustadores.
A Hora do Lobisomem (Silver Bullet, EUA, 1985) – Nota 6,5
Direção –
Daniel Attias
Elenco –
Gary Busey, Corey Haim, Megan Follows, Everett McGill, Robin Groves, Leon
Russom, Terry O’Quinn, Bill Smitrovich.
Em 1976, numa pequena cidade do Maine, ocorrem vários
assassinatos extremamente violentos. O xerife (Terry O’Quinn de “Lost”)
acredita que os crimes são obra de um serial killer, porém um garoto que vive
em uma cadeira de rodas (o falecido Corey Haim) decide investigar por conta
própria após a morte de um outro garoto e passa a ter certeza que o autor dos
crimes é um lobisomem. O garoto tem apoio apenas da irmã (Megan Follows) e
mesmo com a desconfiança do tio (Gary Busey), ele acredita que poderá ajudar na
captura do monstro.
Mesmo com os efeitos um pouco envelhecidos, este interessante longa consegue prender a
atenção dos fãs de terror B. O filme passou diversas vezes nas antigas sessões
do SBT, quase sempre utilizando o título “Bala de Prata”. Nos cinemas o filme
foi lançado como “A Hora do Lobisomem” por causa do sucesso de “A Hora do
Pesadelo” no ano anterior, o que fez com que as distribuidoras utilizassem o
termo “A Hora” para diversos filmes de terror, como “A Hora do Espanto”, “A
Hora dos Mortos-Vivos” e “A Hora da
Zona Morta”.
Olhos de Gato (Cat’s Eye, EUA, 1985) – Nota 6
Direção – Lewis Teague
Elenco –
James Woods, Drew Barrymore, Alan King, Kenneth McMillan, Robert Hays, Candy
Clark, James Rebhorn.
O diretor Lewis Teague gostou de comandar “Cujo” e aqui levou
as telas outro longa baseado em Stephen King. São três histórias curtas
interligadas por um gato, que na realidade tem participação efetiva apenas no
episódio final. A primeira história tem como protagonista um fumante inveterado
(James Woods) que contrata os serviços de uma empresa especializado em ajudar fumantes a largar o vício. O problema maior
que o sujeito enfrentará serão os assustadores métodos usados pela empresa. A segunda história tem como protagonista um professor de
tênis (Robert Hays de “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu”) que por ter um caso
com a esposa de um mafioso (Kenneth McMillan), se vê obrigado a enfrentar um
desafio no alto de um prédio para sobreviver. O episódio final é sobre uma
garotinha (Drew Barrymore) que recebe ajuda do gato para se defender de um
pequeno e estranho monstro que deseja seu fôlego.
São histórias simples,
rápidas e que cumprem o objetivo de divertir como suspense, porém não chegam a
assustar. Mesmo a direção de Lewis Teague não ajudando muito, vale como uma sessão
sem compromisso.
8 comentários:
Muito bom o post, sobre o Olhos de Gato, gostei muito das duas primeiras historias,a terceia foi fraquinha...
Não assisti nenhum deles... que me lembro. Os que conheço são mais recentes, mas que também não mudaram a minha vida.
abraço
Confesso que gosto de "Cujo", talvez porque tenha medo de cachorro hehe.
Os outros realmente são sofríveis. Espero que no resto da lista conste "O apanhador de sonhos", que é tenebroso.
Abraços
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com
Fernando - Geralmente filmes com episódios tendem a ser irregulares, mesmo no caso de "Olhos de Gato" que é obra de apenas um diretor.
Marcelo - Também existem vários bons filmes baseados em King.
Clênio - Vou publicar o resto da lista agora, mas deixarei "O Apanhador de Sonhos" para outra postagem sobre bons diretores em filmes ruins, já que a obra foi dirigida por Lawrence Kasdan, que tem uma boa carreira, apesar deste escorregão.
Abraço
Eu gostei de Cujo, embora o filme seja meio parado em algumas partes.
E Bala de Prata virou um clássico dos filmes de lobisomem, não podemos negar.
Léo - Da lista completa que postei, "Bala de Prata" é o mais legal;
Abraço
Sua lista é muito interessante, a partir de agora vou acompanhar seu blog sempre. Abraço
João Pedro - Valeu pela visita, volte sempre.
Abraço
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