quarta-feira, 19 de setembro de 2012

50%

50% (50/50, EUA, 2011) – Nota 8
Direção – Jonathan Levine
Elenco – Joseph Gordon Levitt, Seth Rogen, Anna Kendrick, Bryce Dallas Howard, Anjelica Huston, Serge Houde, Matt Frewer, Philip Baker Hall.

Adam (Joseph Gordon Levitt) tem apenas vinte e sete anos e descobre que tem um câncer raro na coluna. A princípio, sua namorada Rachael (Bryce Dallas Howard) diz que ficará ao seu lado, já que Adam não quer ser um fardo para mãe (Anjelica Huston), que cuida do marido (Serge Houde) que sofre de Alzheimer. 

O grande apoio para Adam vem de seu amigo Kyle (Seth Rogen), que mesmo usando a doença do amigo para pegar garotas, fica sempre ao seu lado. Além disso, durante o tratamento, Adam faz amizade com dois outros doentes (Matt Frewer e Philip Baker Hall) e com a jovem psicóloga Katherine (Anna Kendrick), que tenta ajudá-lo. 

Por mais habilidade que o diretor e o roteirista tenham, filmes que abordam doenças tendem a se tornar melodramáticos em algum momento. Já fiz uma postagem sobre alguns filmes do gênero e estou montando uma segunda parte, mas apesar de ter visto vários filmes sobre o tema, ele não me agrada. 

Decidi escrever sobre este “50%” numa postagem separada em virtude da abordagem extremamente humana proposta pelo ótimo roteiro de Will Reiser, que sofreu com a doença e a superou. O roteiro é em parte autobiográfico e fica ainda mais realista com a participação de Seth Rogen como o amigo do protagonista, já que na vida real, Rogen junto com o produtor Evan Goldberg, foram os amigos que apoiaram Reiser, fato mostrado num trailer disponível na internet. A rápida aparição de Reiser no trailer confirma como a interpretação de Joseph Gordon Levitt é boa. O semblante e o jeito de Reiser foram captados com perfeição pelo ator. 

Vale destacar ainda a participção de Rogen, que sempre interpreta o mesmo personagem malandro, mulherengo, desbocado e com bom coração, além da simpática Anna Kendrick como a doce psicóloga e a veterana Anjelica Huston com uma presença forte como a mãe do jovem. 

Com drama e comédia na medida certa, o filme é uma grata surpresa num gênero pesado.     

9 comentários:

Fábio Henrique Carmo disse...

Eu até baixei esse filme na época do seu lançamento, mas ainda não vi. Acho que vou fazer isso nos próximos dias. Abraço!

Amanda Aouad disse...

Esse tá na minha lista desde o Oscar e até agora não consegui ver...

bjs

! Marcelo Cândido ! disse...

Ele é inteligente e nada chato
!!!
Gostei de vê-lo esse ano...

Thomás R. Boeira disse...

Um ótimo filme. Uma pena ter sido lançado direto em DVD por aqui. Merecia seu espaço nos cinemas.

Abraço,
Thomás
http://brazilianmovieguy.blogspot.com.br/

Gonga disse...

Filme interessante que aborda um tema delicado. Também gostei.

Gilberto Carlos disse...

Gostei muito de 50%. É prova de que também podemos viver bem, nos piores momentos de nossas vidas. Ou que devemos dançar na chuva enquanto a tempestade não passa.

Fabiane Bastos disse...

Olá! Tem um selo para o seu blog lá no DVD, Sofá e Pipoca. Vá lá buscar, e parabéns!

Bjs
Bloqueiras do sofá!

Maxwell Soares disse...

Parece-me ser bom este, Hugo. Irei conferí-lo, sim. Valeu a dica.

Hugo disse...

Fábio - O filme ficou um pouco esquecido por não ter sido lançado nos cinemas no Brasil.

Amanda - Tenho certeza que vai gostar.

Marcelo - Trata a doença sem melodrama.

Thomás - As distribuidoras preferem blockbuster e comédias rasteiras. Filmes mais sérios são deixados de lado muitos vezes.

Gonga - É uma realização simples, sem exageros.

Gilberto - Infelizmente nem todos conseguem isso, mas o filme deixa uma bela lição.

Fabiane - Obrigado, irei buscar o selo.

Maxwell - Vale a sessão.

Abraço a todos