quarta-feira, 27 de junho de 2012

Assalto ao Banco Central

Assalto ao Banco Central (Brasil, 2011) – Nota 5,5
Direção – Marcos Paulo
Elenco – Milhem Cortaz, Eriberto Leão, Hermila Guedes, Lima Duarte, Giulia Gam, Tonico Pereira, Gero Camilo, Vinícius de Oliveira, Heitor Martinez, Cadu Fávero, Juliano Cazarré, Créo Kellab, Cássio Gabus Mendes, Antonio Abujamra, Milton Gonçalves, Daniel Filho.

Em 2005, o asssalto ao Banco Central em Fortaleza foi o maior e mais ousado cometido em nosso país. Um grupo de criminosos cavou um túnel de quase cem metros até o cofre do banco e roubou 164 mihões. Esta história que tinha tudo para render um grande filme, resultou num longa confuso, repleto de diálogos infantis e personagens pessimamente desenvovidos. 

A trama começa com Barão (Mihem Cortaz) fazendo sexo com a sensual Carla (Hermila Guedes) numa cena estranha pontuada por um rock pesado. Em seguida, Barão e sua amante passam a montar o grupo para o assalto. O malandro Mineiro (Eriberto Leão), o especialista em túneis conhecido como Tatu (Gero Camilo), o ex-policial Léo (Heitor Martinez) e o engenheiro Doutor (Tonico Pereira) são os principais elementos do bando de onze pessoas. 

A partir daí a trama se divide em duas narrativas: Na primeira temos o grupo planejando e executando o assalto e na segunda a ação da polícia para descobrir quem são os responsáveis, entrecortada com os interrogatórios dos bandidos que foram presos. 

Apenas o túnel, a quantidade de dinheiro e a fraca sequência da perseguição carreta aconteceram, o restante da ação apesar de ser baseada num livro do roteirista Renê Belmonte, passa longe da realidade. Um grupo muito maior de pessoas participou do crime e os bandidos retratados, assim como o estilo da narrativa, foram escolhidos com o intuito de seguir a fórmula dos filmes americanos do gênero, porém o que acabou sendo copiado foram os piores clichês, somados a total falta de emoção ou de alguma sequência de impacto. Até mesmo a ação da polícia é ridícula, mostrando apenas um delegado (Lima Duarte) e uma investigadora (Giulia Gam péssima como policial) para investigar um crime gigantesco. 

Fica claro que do diretor Marcos Paulo caiu na armadilha dos profissionais que trabalham em novela quando se arriscam no cinema, principalmente aqueles que tem o estigma da Globo no currículo e a produção da emissora por trás, resultando num trabalho em que o marketing e a aparência escondem um filme ordinário.

4 comentários:

Alan Raspante disse...

Esse filme tem cara de ser bem ordinário mesmo. Não tenho a minima vontade de ver...

Thomás R. Boeira disse...

Pra mim, esse foi um dos piores filmes do ano passado. Até escrevi sobre ele na época do lançamento.

Direção e roteiro ruins, um elenco sem nem um pingo de carisma, enrolados numa tentativa de fazer algo hollywoodiano (como tu comentou).

Horrível.

Abraço,
Thomás
http://brazilianmovieguy.blogspot.com.br/

Gilberto Carlos disse...

Foi bastante criticado, mas eu gostei. O cinema brasileiro também pode fazer filmes de ação.

Hugo disse...

Alan - Infelizmente o filme teve muito mais marketing que qualidade.

Thomás - Desperdiçaram uma ótima premissa.

Gilberto - O filme ficou muito abaixo do que era esperado.

Abraço