sábado, 24 de março de 2012

Os Descendentes

Os Descendentes (The Descendants, EUA, 2011) – Nota 8
Direção – Alexander Payne
Elenco – George Clooney, Shailene Woodley, Amara Miller, Nick Krause, Robert Forster, Beau Bridges, Matthew Lillard, Judy Greer, Patricia Hastie.

Rodado no Havaí, este filme quase independente dirigido por Alexander Payne, segue o estilo de seus outros trabalhos como “Sydeaways” e “As Confissões de Schmidt”. Payne é especialista em criar situações muitas próximas da realidade, que fazem o espectador pensar em sua própria vida e atitudes. 

A história tem como protagonista o advogado Matt King (George Clooney), sujeito de família rica, responsável por decidir o que fazer com uma valiosa área à beira da praia que é cobiçada por vários grupos que oferecem milhões pelo local. O que pode parecer um sonho para muitos, na verdade é um situação complicada, pois são vários os herdeiros que tem direito a parte do local e a maioria vive da renda do espólio da família, ao contrário de Matt que tem a herança deixada pelos pais guardada. Além disso, a esposa de Matt, Elizabeth (Patricia Hastie) sofreu um acidente e está à beira da morte, fazendo com que ele tenha de lidar com suas filhas (Shailene Woodley e Amara Miller), uma jovem e outra pré-adolescente. 

Um dos acertos de Payne é mostrar situações como o relacionamento entre pais e filhos, dinheiro e traição de uma forma simples, sem forçar a barra para cenas pesadas ou exageros cinematográficos. Esta simplicidade unida a interpretação contida e até melancólica em alguns momentos de Clooney, criam um longa simpático, sensível e verdadeiro. 

8 comentários:

Luís disse...

Achei o filme simpático, ainda que o veja bastante sobrevalorizado. No entanto, acredito que haja mesmo elementos que lhe atribuem grande valor, como é o caso da atriz coadjuvante que interpreta a filha mais velha de Clooney e também a opção por tornar a obra sóbria, como você mesmo apontou.

Gilberto Carlos disse...

Quero muito ver esse filme. Vou ver se baixo.

Amanda Aouad disse...

É por aí, mesmo Hugo, simplicidade, boas interpretações e uma história envolvente. O filme é mesmo muito bom, apesar de não provocar paixões.

bjs

Gonga disse...

Concordo ctg, Payne é um diretor muito complento, escreve muito bem

Marcos Rosa disse...

O problema de não morar em cidade grande é esse: poucas salas de cinema. Aqui este filme só ficou uma semana. Por isso não consegui vê-lo. Uma pena. E, pasmem, O Artista não veio e certamente não virá!

Hugo disse...

Luís - As duas garotas realmente estão bem, vamos ver se conseguem seguir carreira.

Gilberto - É um bom filme, vale a sessão.

Amanda - Os filmes de Alexander Payne tem o mesmo estilo sóbrio, é uma marca do diretor.

Gonga - É um diretor diferenciado.

Marcos - Por ser um tipo de filme voltado para os cinéfilos e não para o grande público, acaba perdendo espaço rapidamente nos cinemas, principalmente em locais de poucas salas. É um pena que isso aconteça.

Abraço

Alysson disse...

Eu achei o filme muito bom, e principalmente a atuação de Georgle Clooney muito boa, um roteiro original e interessante, um filme bom de se ver e se ecantar com uma história simples, apesar de não ter curtido o final do filme achei o final meio vago mas no conjunto o filme se saiu muito bem!

Hugo disse...

Alysson - Os filmes de Alexander Payne são originais, este é um dos seus pontos fortes.

Abraço