sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Fronteira da Violência

Fronteira da Violência (The Border, EUA, 1982) – Nota 6
Direção – Tony Richardson
Elenco – Jack Nicholson, Harvey Keitel, Valerie Perrine, Warren Oates, Elpidia Carrillo, Shannon Wilcox.

Charlie Smith (Jack Nicholson) trabalha como policial da imigração em Los Angeles e recebe um salário baixo. A situação desagrada a fútil esposa Marcy (Valerie Perrine), que acaba quase obrigando o marido a pedir transferência para El Paso, na fronteira com o México, onde uma amiga conseguiu uma bela casa para o casal morar. 

Mesmo sendo bem recebido pelos companheiros em El Paso, Charlie não está feliz. Sua esposa resolve gastar muito sem se preocupar com o que ele recebe e seu novo parceiro, Cat (Harvey Keitel), participa de um esquema onde recebe dinheiro para ajudar um grupo que cobra dos imigrantes ilegais para atravessá-los pela fronteira. Para complicar ainda mais a situação, Charlie resolve ajuda a jovem imigrante Maria (Elpidia Carrillo) que teve o filho seqüestrado. 

Este drama policial produzido há trinta anos toca num tema ainda extremamente atual, a imigração ilegal na fronteira México/Estados Unidos e toda a corrupção e violência que existe na região. Apesar do tema ser rico, a condução da trama é irregular, provavelmente pela direção do falecido inglês Tony Richardson, que não tem ligação alguma com o assunto, tendo como seu principal sucesso a comédia “As Aventuras de Tom Jones”. 

Os personagens tão são mal explorados, com exceção de Nicholson que interpreta bem o policial desanimado com a vida e a carreira, que procura algum sentido ao ajudar a jovem Maria, enquanto o restante do elenco é puro clichê. Harvey Keitel faz o sujeito corrupto, aquele personagem em que o espectador percebe rapidamente que existe algo de errado, Valerie Perrine repete seu irritante papel de mulher chata que lhe deu alguma fama como a amante de Lex Luthor no original “Surperman” e ainda temos o desperdício do bom ator e também falecido Warren Oates, que pouco aparece na história. 

Como curiosidade, a jovem mexicana Elípidia Carrillo trabalhou no primeiro “O Predador”, sendo a única mulher de um elenco recheado de brutamontes naquele filme.

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