quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Fita Branca

A Fita Branca (Das Weisse Band, Alemanha / Áustria / França / Itália, 2009) – Nota 8,5
Direção – Michael Haneke
Elenco – Christian Friedel, Leonie Benesch, Ulrich Tukur, Ursina Lardi, Burghart Klaussner, Rainer Bock.

Num povoado na Alemanha pouco antes da Primeira Guerra Mundial, estranhos acontecimentos despertam desconfiança e desavenças entre os moradores. 

O longa é narrado anos depois pelo professor (Christian Freidel, um jovem na época dos acontecimentos), que cita logo de início que aqueles pequenos fatos podem ser parte da explicação do aconteceria na Alemanha pouco tempo depois, uma alusão a chegada do nazismo ao poder e o ódio que dominou o país. 

A crise no povoado começa quando o médico (Rainer Bock) sofre um acidente quando seu cavalo tropeça em um arame colocado meticulosamente para issso e em seguida com a morte de um mulher em um novo acidente. 

Aos poucos o roteiro de Haneke desvenda os segredos de cada personagem, mostrando suas falhas de caráter dentro de uma comunidade onde existem dois lideres, o Barão (Ulrich Tukur) dono de uma grande quantidade de terras que emprega boa parte da população e o Pastor (Burghart Klaussner ) que vê punição dos pecados como algo normal e usa a fita branca do título em seus filhos pré-adolescentes para purificá-los, outra alusão ao nazismo, fazendo um paralelo com as fitas que os judeus eram obrigados a usar para serem identificados e por conseqüência perseguidos. 

Como em “Caché”, Haneke não dá respostas fáceis, deixa várias opções de culpados e novamente utiliza sentimentos como ódio e vingança para mostrar sua visão de mundo.


10 comentários:

Rodrigo Mendes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo Mendes disse...

Deste filme do Haneke eu gostei, só mesmo do Funny Games, que a maioria gostou, que não curti muito.

A fotografia é algo de DOIDO!
Abraços Hugo.

Um grande e ainda subestimado filme. Revi e adorei.

O Narrador Subjectivo disse...

Este filme é absolutamente fantástico, mais um testemunho da qualidade de Michael Haneke, talvez o melhor realizador europeu no activo.

Hugo disse...

Rodrigo - Eu assisti a versão original de "Funny Games" e gostei. É um filme perturbador.

Ainda não conferi a refilmagem americana dirigida pelo próprio Haneke.

Narrador - Os filmes de Haneke fazem pensar, algo que está em falta em Hollywood.

Abraço

Edson Cacimiro disse...

È o tipo de filme que se alguém achar algum defeito o problema está na pessoa e não no filme pois ele é PERFEITO, incrível, os atores mirins são ótimos e a fotografia...esplêndida!!! abç

Hugo disse...

Edson - A fotografia é mesmo sensacional, a escolha do preto e branco foi perfeita.

Abraço

Amanda Aouad disse...

Gosto muito desse filme. E a fotografia é mesmo primorosa.

bjs

Hugo disse...

Amanda - É um belo filme.

Pedrita disse...

eita filme difícil. impressionante. e tão atual. beijos, pedrita

Hugo disse...

Pedrita - Acredito que seja o melhor filme de Haneke.

Bjos