sexta-feira, 11 de março de 2011

Muito Além do Jardim


Muito Além do Jardim (Being There, EUA, 1979) – Nota 8
Direção – Hal Ashby
Elenco – Peter Sellers, Shirley MacLaine, Melvyn Douglas, Jack Warden, Richard Basehart, David Clennon.

Chance (Peter Sellers) por toda a vida trabalhou como jardineiro e teve como única diversão a tv. Quando seu patrão morre e Chance fica sozinho no mundo, ele que é totalmente ingênuo acaba sendo atropelado por um milionário (Melvyn Douglas) que se torna seu amigo. Sem nunca ter estudado ou tido uma vida normal, Chance apenas repete frases que ouviu na tv e se torna uma espécie de guru para o milionário, que chega a apresentá-lo ao presidente americano (Jack Warden). Ao mesmo tempo, a esposa do milionário (Shirley MacLaine) que vive frustrada, se apaixona pela pureza e simplicidade de Chance. 

Este longa é baseado no livro “O Vidiota” de Jerzy Kosinski e mistura drama, comédia e crítica social, colocando como protagonista um sujeito que representa a pureza perdida da humanidade e ao mesmo tempo mostra facilidade com que as pessoas podem ser influenciada. 

A caracterização de Peter Sellers é perfeita, inclusive nas cenas em que ele fica em silêncio e as pessoas a sua volta vêem aquele gesto como uma resposta inteligente. 

Também é um dos melhores trabalhos do falecido diretor Hal Ashby (“Ensina-me a Viver” e “Amargo Regresso”). 

Um filme para refletir sobre como é fácil influenciar as pessoas.

3 comentários:

Amanda Aouad disse...

Belo resgate, Hugo, adoro esse filme. A forma como ele foi "criado" pela televisão e como suas palavras são interpretadas por Melvyn Douglas é ótimo. Um filme para pensar mesmo.

bjs

Rodrigo Mendes disse...

Ótimo HUGO. Concordo com a Amanda, belo resgate. O filme é belo e apresenta o melhor papel de Sellers, entre outras coisas, fora um ator muito além da Pantera Cor De Rosa.

Este é o melhor filme de Hal Ashby junto com Shampoo.

Abs.
RODRIGO

Hugo disse...

Amanda - É um filme diferenciado e com uma interpretação fantástica de Sellers.

Rodrigo - Você citou bem, "Shampoo" é outro bom trabalho de Ashby.

Abraço