terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Vida em Preto e Branco


A Vida em Preto e Branco (Pleasantville, EUA, 1998) – Nota 8
Direção – Gary Ross
Elenco – Tobey Maguire, Reese Witherspoon, William H. Macy, Joan Allen, Jeff Daniels, J. T. Walsh, Don Knotts, Marley Shelton, Jane Kaczmarek, Paul Walker, Giuseppe Andrews, Marissa Ribisi.

O jovem David (Tobey Maguire) é grande fã do antigo seriado em preto e branco “Pleasantville”, que se passa numa cidadezinha americana dos anos cinqüenta e todos os personagens vivem em famílias perfeitas, o verdadeiro sonho americano. No dia em que haverá um maratona de episódios na TV, David briga com sua irmã gêmea Jennifer (Reese Witherspoon) pela controle remoto, que acaba sendo destruído. Do nada aparece um homem (o veterano e já falecido comediante Don Knotts) na porta da casa dos irmãos com um novo controle remoto. Os irmãos aceitam o objeto, mas quando ligam a TV, num passe de mágica são levados para dentro do seriado. Tendo de conviver com pessoas que vivem uma rotina de valores completamente diferentes dos atuais, suas atitudes modificam o comportamento de todos, despertando desejos desconhecidos, insatisfações e até o preconceito. 

O roteiro do diretor Gary Ross é uma fábula sensível e curiosa, que mostra como o ser humano é complexo e sua dificuldade em aceitar qualquer tipo de mudança o afeta. O filme mostra vários exemplos, como a diferença entre o namorar nos anos cinqüenta e a liberdade sexual de hoje, a frustração na personagem de Joan Allen quando percebe que sua vida se resume a cuidar da casa, filhos e marido ou ainda a descoberta artística do personagem de Jeff Daniels. 

O roteiro toca ainda no preconceito, a partir do momento em o preto e branco da cidade vai se colorindo e como cada personagem ganha cor após descobrir o que tem escondido dentro de si, isso gera o preconceito daqueles que estão reprimidos, neste exemplo uma parábola ao racismo nos EUA dos anos cinqüenta. 

É um longa que merece ser visto por todos motivos citados e ainda pela bela fotografia em preto e branco e pelo colorido final da história.

6 comentários:

M. disse...

Oi Hugo!!!! Gostei de ter lido sobre este filme! Vai ser mais um na minha famosa lista de filmes que não assisti e que irei ver. Um abraço e ótima semana!

Amanda Aouad disse...

Gosto muito desse filme. Principalmente da forma como as pessoas vão ganhando cor, a vergonha da esposa da família perfeita que começa a se maquear para esconder do marido seu despertar. E a forma como o protagonista vai se irritando porque seu seriado preferido está se modificando.

bjs

Clenio disse...

Adoro esse filme. Uma pena que não esteka disponível em DVD. Queria muito rever.

Abraços
Clênio
www.lennysmind.blogspot.com
www.clenio-umfilmepordia.blogspot.com

chuck large disse...

Bacana a história e a técnica usada aqui, era desconhecido pra mim este filme. Fiquei super curioso agora!

preciso ver!

Jenifer Torres disse...

Não sei porque, mas tenho uma implicância meio paranóica com o Tobey Maguire. O filme me parece bom.
Abraços.

Hugo disse...

M - Pode assistir, tenho certeza que irá gostar.

Amanda - É quase uma fábula que toca em diversas temas.

Clênio - É um belo trabalho.

James - A cor é um dos pontos principais da história.

Jenifer - Não tenho nada contra Tobey Maguire, apesar de que ele parece interpretar sempre o mesmo papel.

Abraço a todos