sábado, 5 de junho de 2010

Bombas - Filmes de Ação de Baixo Orçamento

Nos anos oitenta o cinema de ação ganhou força com o sucesso dos filmes Stallone, Schwarzenegger e Van Damme, o que resultou em diversos longas de baixo orçamento que tentavam copiar a fórmula para ganhar alguns trocados.

Filmes de guerra, suspense e policial foram lançados as dúzias e nesta postagem cito dez destes que assisti e não recomendo.

Missão Cobra (Cobra Mission, Itália, 1986) – Nota 4
Direção – Larry Ludman
Elenco – Oliver Tobias, Christopher Connelly, Donald Pleasence, John Steiner, Manfred Lehman, Ethan Wyane, Gordon Mitchell, Enzo Castellari.

Quatro amigos veteranos do Vietnã resolvem se reunir e voltar ao país para resgatar prisioneiros americanos após verem uma reportagem na TV sobre soldados que ficaram presos após o final da guerra. É o começo de uma história que copia filmes como “Rambo II – A Missão” e “Bradock” e brinda o espectador com os maiores clichês do gênero. Tiros disparados aos montes, helicópteros explodindo atrás de colinas e um número de inacreditável de mortos. A produção é italiana e o diretor é na realidade Fabrizio de Angelis, que fez também a trilogia “Thunder – Um Homem Chamado Trovão”, com Mark Gregory (Marco de Gregório). A curiosade está no elenco, com os canastrões Oliver Tobias e Christopher Connelly, além da participação de Donald Pleasence, que mesmo sendo bom ator, aceitava todo tipo de papel.

Pelotão de Guerra (Behind Enemy Lines ou P.O.W. The Escape, EUA, 1986) – Nota 4
Direção – Gideon Amir
Elenco – David Carradine, Charles R. Floyd, Steve James, Phil Brock, Mako.

Neste outro longa que copia “Rambo II” e “Bradock”, David Carradine lidera um pelotão na selva vietnamita e acaba sendo capturado pelo inimigo. Levado a um campo de concentração, ele é torturado por um oficial sádico (Mako), mas no final consegue fugir com os prisioneiros americanos e destruir o local. Na época David Carradine estava em baixa, trabalhando em filmes deste tipo e aqui protagoniza um longa produzido pela Cannon, empresa que bancou uma centena de filmes picaretas nos anos oitenta.

Soldados de Brinquedo (Toy Soldiers, EUA, 1984) – Nota 4,5
Direção – David Fisher
Elenco – Jason Miller, Cleavon Little, Rodolfo de Anda, Terri Garber, Douglas Warhit, Tim Robbins, Mary Beth Evans, Tracy Scoggins, Larry Poindexter.

Um grupo de estudantes vai passar as férias num país da América Central e acabam sendo sequestrados por guerrilheiros no meio da selva. O longa tem um roteiro fraquinho e cenas de ação fracas, mas com algumas curiosidades no elenco. Os dois atores principais que ajudam os jovens a fugirem dos vilões é vivido por dois bons atores, Jason Miller (pai de Jason Patric) que fez o clássico “O Exorcista” e o negro Cleavon Little que fez bons papéis em “Corrida Contra o Destino” e “Banzé no Oeste”, além de Tim Robbins como um dos jovens sequestrados.

O Assassino do Presidente (Hour of the Assassin, EUA, 1987) – Nota 4,5
Direção – Luis Llosa
Elenco – Erik Estrada, Robert Vaughn, Alfredo Calderon.

Um mercenário (Erik Estrada) é contratado para matar o presidente de um país na América do Sul, porém o governo americano envia outro asssassino (o veterano Robert Vaughn) para impedir o mercenário de cumprir a missão. O galã da série “Chips” Erik Estrada já estava em decadência quando estrelou este longa onde praticamente nada acontece. Dirigido pelo peruano Luis Llosa, que posteriormente faria “O Especialista” e “Anaconda”, este longa tenta usar as ditaduras latino americanas como tema, não se aprofunda como drama político, nem como filme de ação.

O Emissário (The Emissary, África do Sul, 1989) – Nota 2
Direção – Jan Scholtz
Elenco – Ted LePlat, Terry Norton, Robert Vaughn, Andre Jacobs, Ken Gampu.

Este longa produzido na África do Sul gira em torno de uma conspiração liderada pelo embaixador americano (o veterano canastrão Robert Vaughn), que é descoberta por um agente (Ted LePlat) e este tenta desmacarar o sujeito e ainda proteger a esposa (Terry Norton). Produção paupérrima que utiliza uma intriga internacional como tema, mas o fraco roteiro, as péssimas cenas de ação e o canastrão Ted LePlat não ajudam.

O Líder (The Alternate, EUA, 2000) – Nota 1
Direção – Sam Firstenberg
Elenco – Eric Roberts, Bryan Genesse, Ice T, John Beck, Michael Madsen, Brooke Theiss Genesse, Larry Manetti.

O Presidente dos EUA (John Beck) está em baixa e para aumentar sua popularidade arma o próprio seqüestro com seus agentes, porém um deles (Eric Roberts) é um terrorista que pretende assassiná-lo. O diretor Firstenberg é o sujeito que dirigiu a série “Guerreiro Americano” nos anos oitenta, entre outros filmes Z de ação. Este filme chega a ser rudimentar nas cenas de ação, está recheado de atores conhecidos que na época estavam decadência (Eric Roberts, Ice T e Michael Madsen) e tem ainda o inacreditavelmente péssimo Bryan Genesse, que produziu o filme e ainda colocou a esposa Brook Theiss no elenco. Um dos piores filmes de ação da história.

T.N.T (T.N.T, EUA, 1997) – Nota 4
Direção – Robert Radler
Elenco – Olivier Gruner, Randy Travis, Eric Roberts, Rebecca Staab, Judson Mills, Cyril O’Reilly, Sam Jones, Ken Olandt, Simon Rhee.

O mercenário Alex (Olivier Gruner) tem uma crise de consciência e decide abandonar o trabalho, o que não é bem aceito pelo seu chefe (Eric Roberts). Isto faz com seu chefe se torne seu inimigo e sequestre sua namorada (Rebecca Staab). O fato faz Alex volta a ativa para resgatar a namorada. O francês Olivier Gruner apareceu para o cinema no início dos anos noventa tentando ser um novo Van Damme ou algo assim, porém sua carreira nunca passou dos filmes B de ação e até hoje ainda continua na ativa. A curiosidade deste filme são os coadjuvantes interpretados por canastrões conhecidos como Eric Roberts, o cantor country Randy Travis e o “Flash Gordon” Sam Jones.

Confidências de uma Prisioneira Americana (The Concrete Jungle, EUA, 1982) – Nota 3
Direção – Tom DeSimone
Elenco – Jill St. John, Tracy Bregman, Barbara Luna, Peter Brown.

Uma jovem (Jill St. John) é usada sem saber pelo namorado para transportar drogas e acaba sendo presa. Este é o início do inferno que ela viverá numa prisão feminina, onde a diretora é corrupta, os guardas sádicos e as detentas perigosas. Violência, corrupção e sadismo são os ingrediente principais deste drama que copia a fórmula dos filmes de prisão masculinos e que passou muitas vezes nas sessões da madrugada na tv aberta nos anos oitenta.

Promessa de Sangue (Blood Vows: The Story of a Mafia Wife, EUA, 1987) – Nota 5
Direção – Paul Wendkos
Elenco – Melissa Gilbert, Joe Penny, Eileen Brennan. Anthony Franciosa, Talia Shire, Carmine Caride, Ron Karabatsos.

A jovem orfã Marian (Melissa Gilbert) conhece, se apaixona e casa com Edward (Joe Penny), porém somente após o casamento descobre que o marido faz parte da Máfia e ela como esposa deverá seguir as regras da organização, o que aos poucos a jovem não aceita e causará conflitos com o chefão (Anthony Franciosa). O diretor Wendkos fez diversos filmes para tv e alguns episódios de seriados, sendo que aqui utiliza um elenco oriundo quase todo da telinha, sem muito sucesso. Melissa Gilbert era estrela em “Os Pioneiros”, Anthony Franciosa e Joe Penny também eram atores de tv. Este filme passou algumas vezes nos canais abertos, também usando outro título, “A Princesa da Máfia”.

Alugado Para Matar (Slayground, Inglaterra, 1983) – Nota 2
Direção – Terry Bedford
Elenco – Peter Coyote, Mel Smith, Billie Whitelaw, Philip Seyar.

Um assassino profissional (Peter Coyote) é contratado por um milionário para matar três sujeitos que foram responsáveis pela morte da filha. Esta vingança é uma das piores da história do cinema, praticamente nada acontece durante o longa e até mesmo as cenas que seriam de ação, são fraquíssimas. Fica impressão de que Peter Coyote aceitou o papel porque precisava de dinheiro, não existe outra justificativa para um bom ator trabalhar num filme tão ruim.

5 comentários:

Wally disse...

Para minha felicidade, não vi nenhum deles! =D

Anônimo disse...

Também nunca vi estes filmes... ainda bem!

http://cinema-em-dvd.blogspot.com/

Hugo disse...

Wally e Kahlil - Não perderam nada.

Abraço

Alan Raspante disse...

Graças a Deus, não vi nenhum dos citados!
Deu até um alívio, rs...

Hugo disse...

Raspante - Não perdei nada.

Abraço