quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Southland Tales - O Fim do Mundo

Southland Tales – O Fim do Mundo (Southland Tales, EUA, 2006) – Nota 3
Direção – Richard Kelly
Elenco – Dwayne “The Rock” Johnson, Seann William Scott, Sarah Michelle Gellar, Miranda Richardson, John Larroquette, Holmes Osbone, Nora Dunn, Jon Lovitz, Curtis Armstrong, Janeane Garofalo, Beth Grant, Wood Harris, Christopher Lambert, Bai Ling, Mandy Moore, Cheri Oteri, Amy Poehler, Lou Taylor Pucci, Zelda Rubinstein, Will Sasso, Wallace Shawn, Kevin Smith, Justin Timberlake.

Fica difícil acreditar que o cineasta por trás do ótimo e cultuado “Donnie Darko” tenha feito também este longa irritante, com história sem sentido e pretensioso ao extremo, dando a impressão que tentou fazer outro filme cult, porém este rótulo é uma consequência de um trabalho diferenciado, nunca podendo ser um objetivo. Fica difícil até fazer uma sinopse da trama, mas vou tentar.

O astro de filmes de ação com amnésia Boxer Santaros (Dwayne Johnson) se envolve com uma atriz pornô (Sarah Michelle Gellar) que apresenta um reality show, ao mesmo tempo o policial Roland Taverner (Seann William Scott) tenta encontrar seu irmão gêmeo e uma corporação que conta com cientistas e políticos lança uma máquina que utiliza a água do oceano para gerar energia. Enquanto isso um grupo neomarxista tenta sabotar o projeto e chantagear a corporação através de um vídeo polêmico com o ator Boxer Santaros, que na verdade é casado com a filha de um político.

Traduzindo, são tantas pontas na história e personagens que se cruzam numa trama sem pé nem cabeça que fica impossível explicar o desenrolar, por sinal os personagens são absurdos e os diálogos uma piada. Além disso o estranho elenco está recheado de comediantes de tv, e sabe-se lá porque, muitos saídos do programa “Saturday Night Live”, como Cheri Oteri, Nora Dunn, Amy Poehler, Will Sasso, Janeane Garofalo e Jon Lovitz, além de outros como John Larroquette e Curtis Armstrong. Neste caso parece que Richard Kelly tentou ser cult até no elenco, trazendo a tona também o outrora famoso Christopher Lambert para um papel que nada diz a trama e o absurdo de escalar Dwayne “The Rock” Johnson no papel principal, que na minha opinião funciona apenas em filmes de ação e nada mais. Resumindo, um grande desperdício de tempo e dinheiro, uma decepção.

8 comentários:

Caique Gonçalves disse...

Credo! Passo longe! rs

LuEs disse...

Hugo, devo concordar totalmente com você: filme chato e pretensioso, que tenta ser muito mais do que aquilo que pode.
Tentei vê-lo com um colega e nem sequer cheguei à metade do filme. Antes disso, a incoerência dele me fez desistir...

Hugo, acabei de ver Austrália. Sugiro que faça uma resenha bem cruel para o filme.
;)

Hugo disse...

Caique - É o melhor a fazer.

Luís - Falou tudo, assisti até o final porque sou teimoso.
Ainda vi "Austrália" para ter uma opinião.

Abraço

Dewonny disse...

Nossa, esse filme é pessímo, detestei. nota 2.5!
Indiquei teu blog no meu =
http://www.cinedewonny.blogspot.com/
Abs! Diego!

Hugo disse...

Dewonny - Acredito que ninguém tenha gostado deste filme.

Estou linkando seu endereço aqui tb.

Abraço

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Southland Tales recebeu uma avalanche de críticas negativas, porém não estou entre os detratores. Sou admirador do trabalho de Richard Kelly e vou tentar explicar um pouco o enredo.

ENREDO
Após a explosão e o início da terceira guerra mundial os cientistas (e neomarxistas) estudam e descobrem uma forma de combustível alternativo, denominado carma fluído. As ondas oceânicas são a força-motriz da geringonça que produz o carma fluído. Porém, seu funcionamento acarreta a desaceleração planetária e o aparecimento de uma fenda na quarta dimensão, ou seja, uma espécie de máquina do tempo no deserto. Os cientistas enviam Boxer Santaros como cobaia da experiência, ou seja, encontrar o seu "eu" passado e futuro. O Boxer Santaros do presente é assassindo por Serpentine (a oriental namorada do Barão) e quem retorna é o Boxer Santaros "eu" do futuro. Todavia, Boxer Santaros foi conduzido ao deserto pelo policial Ronald e este entrou na fenda da quarta dimensão. Então, retornam do deserto, Boxer Santaros (do futuro) Ronald (do presente) e Roland (eu futuro de Ronald), todos com amnésia. Estes dois permanecem sob o domínio dos neomarxistas e Boxer Santaros (do futuro) sob a proteção de Krysta Now. Boxer Santaros (do futuro) escreve um roteiro para o filme denominado "The Power", sendo divulgado pela internet e chegando as mãos dos neomarxistas ("é isto mesmo Senhor Santaros, o mundo termina exatamente como o senhor imaginou") O roteiro descreve os acontecimentos até o fim do mundo. Roland, progressivamente vai se dando conta que é o "eu" futuro de Ronald. Percebe a necessidade em encontrar Ronald e que algo ruim está para acontecer, pois Ronald se sente culpado por desfigurar o piloto Abilene numa manobra desastrosa no Iraque. Surge uma nova droga, o carma fluído sintetizado. Desenvolvida e testada pelo Barão em soldados americanos que retornaram do Iraque e que é capaz de alterar a percepção mental de espaço e tempo. Conecta o usuário aos seus diferentes "eus" e os usuários entre si ("basta seguir o fluxo do sangue") Roland injeta carma fluído em seu pescoço com o propósito de rastrear e encontrar seu "eu" presente, ou seja, Ronald. Enquanto isso, os cientistas revelam à Boxer Santaros, a natureza do corpo incinerado no deserto e que se encontra no Zeppelin do Barão, ou seja, um Boxer Santaros do passado. Boxer Santaros descobre que é o "eu" futuro e que seu roteiro são acontecimentos reais e previstos por ele. É revelado que a quarta dimensão entrará em colapso quando os dois "eus" do policial Ronald se encontrarem e apertarem as mãos. Os neomarxistas usaram o roteiro de Boxer Santaros para dar o golpe final no capitalismo e acabar de vez com a célula republicana. Ele escreveu o futuro e no encontro dos dois "eus" de Ronald, o furgão sobe até o Zeppelin do Barão, surgindo o momento propício para o terrorista neomarxista disparar o foguete e acabar com o capitalismo. ("e é assim que o mundo acaba, não num choro, mas numa explosão) A explosão do Zeppelin que Boxer Santaros tenta evitar no último instante, buscando evacuar o dirigível. Além disso, há um segundo plano, se o roteiro de Boxer Santaros falhasse, os neomarxistas divulgariam o vídeo de Santaros e Krysta transando para desmoralizar os republicanos nas eleições. Porém, o mundo permanece intacto perante o furgão e o aparecimento do vórtice da quarta dimensão. Consuma-se o encontro e o aperto de mão de Ronald e Roland. Os dois "eus" do policial se tornam um só e o mesmo quando o reflexo de Ronald desaparece dos olhos de Roland ("e é assim que o mundo acaba, não com um choro, mas com um aperto de mão") Será que a quarta dimensão entrou em colapso? Será que o mundo acabou?


Anônimo disse...

CURIOSIDADES
No início do filme, quando Roland está brincando em frente ao espelho e percebe um atraso na imagem. Dá a entender que se Roland é um "eu" futuro de Ronald, suas ações ultrapassam o presente e o diretor se vale de uma metáfora para instigar o espectador. O "eu" futuro de Ronald antecipa os próprios atos. Além do fato de Boxer Santaros ter permanecido 69 minutos no deserto com seu outro "eu" e surgir uma Proposição 69 que é defendida pelos republicanos e rechaçada pelos neomarxistas. Porém, o enredo falha em não explicar o que pensa Roland ao ver Ronald amarrado e sedado nas mãos dos neomarxistas no início do filme. Pensa ser um irmão gêmeo ou tem consciência que é seu "eu" presente?